GUIA DOS MAÇONS ESCOCEZES - RIO DE JANEIRO

GUIA DOS MAÇONS ESCOCEZES, OU REGULADORES DOS TRÊS GRÁOS
SYMBOLICOS DO RITO ANTIGO E ACEITO. PRIMEIRA PARTE VENERÁVEL.
Rio de Janeiro: Typ. Imp. e Const. de Seignot-Plancher e C.ª, 1834
199 mm
101, 36, 32 p.; Encadernação em chagrin vermelho com esquadria e ferros
ornamentais nos planos, lombada com nervos a rodas e casas com vinhetas
ornamentais a ferros soltos. Guardas em papel azul. Corte das folhas inteiramente
dourado.
Lombada da encadernação parcialmente escurecida, cantos dos planos ligeiramente
cansados e pequeníssimos defeitos no corte das guardas. Um esboço de retrato
masculino desenhado a lápis na página branca que antecede a página de anterrosto.
Oxidação geral do papel, um pequeno rasgão e falta de um canto da margem
da f. 9/10. Texto sublinhado a lápis e riscos a tinta paralelos ao texto, marcando
passagens.


Do prelo da firma Seignot Plancher e Cia., “firma de maçons que publicou, no mesmo
ano de 1833, uma série de livros maçónicos” (Borba de Moraes, 2, p. 80) saíram vários
títulos de Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, por vezes remetendo
para uma firma fictícia em Londres, a W. Lewis.
Furtado de Mendonça foi o responsável por um catecismo maçónico “em três
pequenos volumes, no mesmo ano em que publicou uma longa série de manuais,
catecismos, regras para vários graus, um dicionário de terminologia maçónica,
o primeiro volume dos Anais Maçónicos Fluminenses, a História Geral da FrancMaçoneria, e as Cartas sobre a Framaçoneria de Hipólito” (Borba de Moraes).
Relativamente à possível adopção desta publicação no contexto maçónico português,
citamos Oliveira Marques, em O Ritual Maçónico em Portugal, publicado em 1993:
“Já os ‘escoceses’ de 1840-41, tanto os que obedeciam a Silva Carvalho como os
que lhe preferiram Costa Cabral, dispunham de bons textos impressos e em língua
portuguesa. De facto, fora publicado no Brasil, em 1834, um Guia dos Maçons
Escocezes, ou Reguladores dos Três Graos Simbólicos, em três partes separadas
ou separáveis, destinadas, respectivamente, ao Venerável e ao 1º e 2º Vigilantes. Em
cada uma delas se continham os rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre, com
os textos relativos à ‘Abertura da Loja’, ‘Recepção’, ‘Oração’, ‘Encerramento da L..’,
‘Instrucção’, ‘Loja de Mesa, ou de Banquete’, etc. É natural que este Guia tenha sido
o habitualmente usado em Portugal até às últimas décadas do século XIX, quando
surgiram os primeiros rituais escoceses de lavra genuinamente nacional.”


Exemplares: Biblioteca Nacional de Portugal; Biblioteca Nacional do Brasil; National
Library of Scotland; University of Oxford; University of Texas.





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